Falta de mão de obra cancela festival de hanabi e também afeta turismo

Mesmo oferecendo ¥2 mil a hora os estabelecimentos amargam falta de pessoal

Uma das tradições do verão japonês é o festival de fogos de artifício (hanabi). Após 3 anos de interrupções por causa da pandemia do novo coronavírus, era de se esperar que todos acontecessem conforme as programações.

No entanto, os organizadores estão cancelando esse tipo de evento, um atrás do outro. Um dos fatores é a falta de mão de obra. Ao que tudo indica, as férias de verão também estão sendo prejudicadas por que a indústria do turismo está afetada.

Em junho a comissão organizadora do tradicional Noryo Fireworks Kamogawa Festival, suspendeu o que sempre foi realizado na praia na cidade de Kamogawa (Chiba). Anualmente, cerca de 69 mil visitantes iam assistir ao festival de hanabi para apreciar os 10 mil disparos, em um espetáculo grandioso.

“Em primeiro lugar, há falta de pessoal. Não conseguimos garantir o suficiente para a segurança e nos estacionamentos, então tomamos a difícil decisão de cancelar a exibição de fogos de artifício”, disse o presidente da comissão. Explicou que anualmente eram mobilizadas mais de 200 pessoas, maioria voluntárias, mas este ano não foi possível.

Indústria do turismo afetada
A empresa Sapporo Sightseeing Bus, de Hokkaido, possui 32 ônibus, mas segundo o diretor, há apenas 30 motoristas. Por isso, está sendo obrigado a recusar reservas no mês de pico do turismo de verão.

Explicou que nos 3 anos da pandemia muitos motoristas mudaram de emprego ou se aposentaram e agora não está conseguindo reunir mão de obra.

Outra província que está enfrentando o mesmo problema é a província de Okinawa, no outro extremo de Hokkaido. Os restaurantes e bares da Kokusai-doori, avenida principal de Naha que voltou a ficar movimentada, estão com um problema sério.

Dois mil ienes a hora
Mesmo oferecendo 2 mil ienes a hora não se consegue assegurar pessoal para trabalhar, segundo o resultado de uma pesquisa realizada por uma associação de pequenas e médias empresas.

Segundo essa mesma pesquisa, são 22 segmentos que amargam esse problema de escassez de recursos humanos, como indústrias de bebidas e tecelagem, hotelaria, construção e outras. De acordo com a associação do comércio das galerias de Naha, antes da pandemia a média salarial era de ¥900 a hora. Agora, mesmo oferecendo mais, como 1,3 mil ienes/hora, a situação está difícil.

Os restaurantes e bares da Kokusai-doori dependem basicamente dos trabalhadores vietnamitas, indonésios e nepaleses, mas ainda são insuficientes. Os donos desses estabelecimentos lutam para enfrentar o desafio do aumento salarial e dos aumentos de preços.

Com o mesmo problema, a indústria do turismo, especialmente a hotelaria e transporte está passando por um momento difícil.
Fonte: Portal Mie com JNN, QAB e Okinawa Times

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